ou plurimetabólica ou chamada anteriormente de síndrome X, é uma doença da civilização moderna, relacionada à obesidade, que pode ocorrer em até 50% das pacientes com SOP. É caracterizada pela associação de fatores de riscos para doenças cardiovasculares (ataque cardíaco e acidente vascular cerebral) e diabetes. Tem como base a resistência à ação de insulina o que obriga o pâncreas a produzir mais este hormônio. O risco desta complicação pode ser avaliado precocemente e observado já na adolescente e seus familiares.
O diagnóstico leva em conta as características clínicas (presença dos fatores de risco) e dados laboratoriais. Basta a associação de três dos fatores abaixo relacionados para diagnosticar a síndrome metabólica:
Avaliações | Valores de Referência |
1. Obesidade abdominal (medida de circunferência) | > 88 cm |
2. Triglicérides | > 150 mg/dl |
3.HDL – Colesterol | < 50 mg/dl |
4. Pressão Sanguínea | < 130 / 85 mmHg |
5. Glicemia de jejum e pós-pran dial | < 100-126 mg / dl (jejum) ou140-199 mg / dl (2h após GTT) |
O câncer endometrial é o quarto mais comum entre as mulheres e o mais freqüente entre os do sistema reprodutivo feminino, quando não se consideram as mamas.
A SOP pode aumentar a chance desta doença pelas alterações hormonais que levam a ciclos menstruais longos, um estímulo estrogênico prolongado sem a ação do hormônio progesterona, além da obesidade que muitas vezes é acompanhada de hipertensão arterial (síndrome metabólica).
Doença Cardiovascular:
Estima-se que as mulheres com SOP apresentam risco 7,4 vezes mais alto de ocorrência de infarto do miocárdio. Isso é compreensível considerando a forte associação da SOP com diabetes, obesidade, hipertensão, hipertrigliceridemia, aumento de LDL e diminuição de HDL. Além disso, apresentam aumento do fator inibidor de ativação de fibrinogênio e aterosclerose. Todas essas modificações que ocorrem na SOP aumentam o risco de doença coronariana em idade precoce e acidente vascular cerebral. O que chama a atenção é esse processo vascular degenerativo que parece iniciar-se em faixas etárias bem precoces, uma vez que é possível detectar espessamento na camada íntima-média de carótidas das mulheres com SOP já entre os 18 e 22 anos de idade, mesmo naquelas com peso normal, sem dislipidemia ou hipertensão.
Alguns homens (17% a 24%) e algumas mulheres (5% a 9%) apresentam distúrbio do sono e repetidos episódios de dificuldade de respiração durante o mesmo. Este fato está freqüentemente associada com obesidade, distribuição inadequada da gordura pelo corpo, à resistência da insulina, hipertensão arterial e a síndrome dos ovários policisticos, principalmente quando houver excesso de andrógenos.
A resistência à insulina favorece o surgimento da diabetes. Este favorecimento pode ser ainda maior quando estiver acompanhado de obesidade. O controle de peso rigoroso e a dieta alimentar equilibrada diminui a possibilidade desta complicação.