Os primeiros sintomas da síndrome dos ovários policísticos geralmente acontecem logo após a primeira menstruação.
Em alguns casos, a doença se desenvolve mais tarde, durante os anos reprodutivos, provavelmente em resposta a algum gatilho hormonal, como o ganho de peso.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, assim como a gravidade.
Os principais sintomas são:
É uma das principais características. As menstruações vêem esporadicamente podendo demorar até 90 dias entre uma e outra, reflexo da falta de ovulação. Muitas vezes elas só aparecem quando as pacientes recebem medicamentos para estimular. Esse sintoma é comum em grande parte das mulheres com essa síndrome, acometendo cerca de 75% delas. Entretanto, cerca de 20 a 30% das pacientes com SOP podem apresentar ciclos com pouca alteração mesmo sem ovular.
Devido às alterações hormonais, essas mulheres passam a ovular menos ou de maneira inadequada e por isso podem ter dificuldade em engravidar. Das causas de infertilidade o fator ovulatório ocupa um lugar de destaque e 75% é devido a esta síndrome. Além disso, essas mulheres têm um alto índice de abortamento.
Mulheres com SOP apresentam alteração do hormônio masculino, isso pode se manifestar somente como achado laboratorial ou manifestações clínicas. Entre elas estão:
a) Hirsutismo: é o aparecimento de pêlos em locais onde normalmente não deveriam existir na mulher (face, tórax, glúteos, ao redor dos mamilos, região inferior do abdômen e parte superior do dorso).
b) Acne: 30% das mulheres com SOP têm este sinal que consiste num processo inflamatório da pele do rosto, caracterizada por erupções superficiais causadas pela obstrução dos poros.
c) Alopécia: é a queda em excesso de cabelos na região do couro cabeludo levando á rarefação de pelos, comum aos homens e raro nas mulheres. Está presente em 10% das mulheres com SOP.
d) Seborréia: é a oleosidade da pele e couro cabeludo.
Pelo menos metade dessas mulheres estão acima do peso, isto é, o índice de massa corpórea (IMC) está acima dos 25 (lembrete: IMC = peso/altura ao quadrado). Este aumento de peso, em geral, é devido ao aumento da gordura visceral, ou seja, obesidade central, caracterizada por aumento da circunferência abdominal. Esse é um fator fundamental para futuras complicações desta doença. A circunferência abdominal superior a 88 cm está associada a um maior risco de problemas cardíacos (alguns já consideram o valor máximo de 80cm).
É aumento da pigmentação da pele (manchas escuras) em áreas de dobras, como pescoço e axilas.
pacientes com SOP têm, com frequência, aumento da secreção de LH, enquanto os níveis de FSH são normais ou mesmo diminuídos. Muitas chegam até a ter uma relação LH:FSH >3