O ideal é ser realizado pela via transvaginal, mas, muitas vezes, é impossível de ser realizado em mulheres (virgens). Neste exame observa-se o volume ovariano (>10cm3), a textura do ovário e a presença de pequenos cistos. Se houver a presença de 12 ou mais em cada ovário, medindo 2 a 9 mm no seu maior diâmetro, caracteriza-se um dos sinais desta síndrome.
Importante para descartar outras patologias com quadro clínico semelhante e confirmar hiperandrogenia (aumento dos hormônios), elemento essencial para o diagnóstico da síndrome..
Resistência a insulina
A insulina é um hormônio responsável por facilitar a entrada da glicose na célula. Em algumas doenças como a SOP, existe um defeito na sua ação, o que leva a um acúmulo de glicose no sangue. Como conseqüência pode surgir a diabetes e um aumento da concentração deste hormônio no sangue. Está presente em 50-70% dos casos de SOP, principalmente se a paciente é obesa. A insulina aumentada leva ao aumento da produção de andrógenos pela teca, menor conversão de andrógenos a estradiol e diminuição na síntese de SHBG pelo fígado, aumentado a fração livre da testosterona. Os exames para investigar resistência à insulina são muito importantes para avaliar risco de possíveis complicações futuras, como diabetes mellitus, além de auxiliar na escolha do tratamento. Existem algumas dificuldades nesta avaliação, pois, até hoje, não existe um exame específico para o diagnóstico definitivo de resistência à insulina. Atualmente, a melhor opção é a dosagem da glicemia e a insulina em jejum, com posterior cálculo de HOMA-IR, que consiste em:
HOMA-IR: glicemia de jejum (em mmol/l) x insulina jejum (μU/ml) / 22,5 glicemia em mg/dl x 0,555= mmol/l Os valores de referência do HOMA-IR variam de acordo com o IMC (Quadro 24-1). QUADRO 24-1. VALORES DE REFERÊNCIA DO HOMA-IR DE ACORDO COM O IMC